Certa vez, o educador e escritor Edgardo Caramella contou a seguinte história sobre o Condor.
Sua envergadura com asas abertas alcança 3 metros. Chega a viver mais de 70 anos, mas para isso precisa tomar uma séria decisão, por volta dos 35, morrer ou enfrentar um duro processo de renovação, que pode durar até 5 meses. Nessa época suas unhas estão grandes e flexíveis, o bico alongado, as asas envelhecidas e, portanto, tem dificuldades para caçar. O Condor opta por viver. Voa para o alto de uma montanha, faz um ninho nas rochas, onde não precise mais voar. Ali bate o bico na pedra até conseguir arrancá-lo. Espera nascer um novo, e arranca as unhas. Depois arranca todas as penas. Passados 150 dias de revitalização, levanta vôo para viver outros 35 anos. É o vôo do renascimento.
Podemos traçar um paralelo entre a história e o processo de desenvolvimento pessoal. A pessoa aos poucos constrói um novo ser de dentro para fora. Uma pessoa mais lúcida e consciente. Renova seus antigos paradigmas, hábitos e cultura, assim como velhos condicionamentos para seguir uma vida com mais qualidade e realização. De posse dessas condições extrai todo seu potencial. A única diferença com a história do Condor é que o processo de desenvolvimento não precisa ser através de sofrimento, tudo pode transcorrer através do reforço positivo com bem-estar e satisfação.
Gustavo Oliveira